quinta-feira, 24 de abril de 2014

Li esse mês e devorei: Fahrenheit 451

A obra de Bradbury descreve um governo totalitário, num futuro incerto mas próximo, que proíbe qualquer livro ou tipo de leitura, prevendo que o povo possa ficar instruído e se rebelar contra o status quo. Tudo é controlado e as pessoas só têm conhecimento dos fatos por aparelhos de TVs instaladas em suas casas ou em praças ao ar livre. O livro conta a história de Guy Montag, que no início tem prazer com sua profissão de bombeiro, cuja função nessa sociedade imune a incêndios é queimar livros e tudo que diga respeito à leitura. Quando Montag conhece Clarisse McClellan, uma menina de dezesseis anos que reflete sobre o mundo à sua volta e que o instiga a fazer o mesmo, ele percebe o quanto tem sido infeliz no seu relacionamento com a esposa, Mildred. Ele passa a se sentir incomodado com sua profissão e descontente com a autoridade e com os cidadãos. A partir daí, o protagonista tenta mudar a sociedade e encontrar sua felicidade.

Comentário: Lembro bem do dia em que uma amiga me falou desse livro e o quanto o título me chamou atenção, principalmente quando ela explicou do que se tratava. Minha primeira história distópica foi com o livro ''Admirável Mundo Novo'' (HUXLEY Aldous, 1932) e, após isso, eu li apenas a série ''Divergente'' (livro que adorei, sim, pois a escrita é tranquila e juvenil, porém a história é bem interessante). Estava um dia desses passando perto de uma livraria e, quase sem tempo nenhum pra ler por causa da faculdade, logo pensei em comprar o Fahrenheit porque vi que a narrativa é fluida e o livro não é grande.
Comprei a edição de bolso da foto (eu amo edições normais, mas era a única que tinha e eu sou bem ansiosa) e comecei a ler na barca. Li na volta para casa, li em casa até dormir e, no dia seguinte, terminei a leitura.
A narrativa é mesmo bem corrida (me lembrou a narrativa do ''Fortaleza Digital'', do Dan Brown); é aquele tipo de história que não somente flui e você tem ansiedade pra ler, mas que ajuda o leitor devido ao fato de não ter muito bla bla bla, como quando se passam dias durante o enredo, por exemplo. É como se estivéssemos ouvindo alguém contar uma história rs
Pra quem ama livros (como nós) a leitura prende, além disso, por algumas frases referentes ao nosso vício literário e, muitas vezes, nos assustamos por conta das pessoas que, nesta futura sociedade, pouco se importam com eles. O que eu mais gostei é que a história indica que as pessoas não leem principalmente porque, no decorrer do tempo, passaram a deixar os livros de lado, não apenas porque são proibidas. Acredito que isso aproxime a situação do livro com o que vivemos na nossa sociedade, pois o próprio autor declarou que a intenção de mostrar como a televisão pode minimizar drasticamente o interesse pela leitura, assim como diminuir a quantidade de seres que formam pensamento crítico.
Eu gostei muito desse livro e eu poderia continuar escrevendo muita coisa: sobre como ele me deixou impressionada por ter sido escrito na década de 50 e fazer tanto sentido atualmente, sobre o amor do autor pelos livros e como tudo foi colocado dentro da história, sobre a personagem Clarisse, entre tantas outras coisas que, embora o livro seja curto, ele é capaz de despertar.

10 comentários:

  1. Já tinha ouvido falar desse livro, tinha ficado morta de curiosidade. É um clássico, morro de vontade de ler <3.
    Um dia ainda vou conseguir um exemplar e realizar a leitura.

    memorias-de-leitura.blogspot.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu amo clássicos e esse é curto e muito bom. Vale realmente a pena!! xD

      Excluir
  2. Não conhecia o livro, mas assim como você me interessei bastante justamente porque o livro chama bastante atenção com o título. Acredito que seja uma obra maravilhosa, amo distopia...fico encantada. Já leu 1984? Muitoo bom tbm.
    Passa lá no blog.
    Beijos!
    Monólogo de Julieta.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ainda não!!! Li esse mês ''A Revolução dos Bichos'', do mesmo autor de 1984 e fiquei super curiosa pra ler, pois achei ele incrível.

      Excluir
  3. Quero muito ler esse livro! Vi no blog da Mell Ferraz e fiquei super curiosa! Que bom que a leitura flui rápido... Gosto de livros assim... Que te prendem!
    Forever a Bookaholic

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Leia, vale muito a pena e você acabará num instante. Vi a resenha da Mel também, mas depois que li o livro!

      Excluir
  4. Oi Nina, a única distopia que eu li foi a trilogia Jogos Vorazes e gostei muito. Não tenho muito conhecimento sobre distopias não, mas é um gênero que me atrai muito. Fico surpreso com a habilidade deste escritor que escreveu algo a tanto tempo e fazer sentido em pelo século XXI, com tantos avanços que tivemos.
    Com certeza esse livro vai pra minha wishlist. Valeu pela dica.

    www.booksever.blogspot.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu não l,i Jogos Vorazes, mas li Divergente. Essas distopias clássicas são tão boas quanto :D

      Excluir
  5. Oi Nina!
    Adoro distopias! Já li alguuuumas e sempre quero mais! É um genero viciante! :)
    Tenho muita vontade de ler Fahrenhei 451, espero poder le-lo em breve!
    Tem coisa que pode ser escrita e ser esquecida, mas quando a gente lê e ve que mesmo 50 anos depois faz todo sentido... é uma delicia né?!

    um beijo Lara
    http://meusmundosnomundo.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  6. Sim, viciei em distopias. Quero ler Geroge Orwell agora!! :D

    ResponderExcluir