Depois de tanto tempo longe do blog (devido à faculdade), volto, sempre tentando permanecer após o início das aulas.
Bem, o primeiro post depois desse hiatus (e do ano!) será sobre os melhores livros de 2014! Eu li cerca de 45 livros e farei um top 5 contando sobre as minhas impressões =)
5- O Grande Gatsby, Scott Fitzgerald
Admito que, quando peguei esse livro pra ler, naquela vibe de ‘’ler mais
clássicos’’, achei o início super monótono e chato, mas acabei insistindo. E é óbvio que valeu muito a pena. Do meio para o fim tudo começa a ficar mais legal e você passa a entender qual foi a do Fitzgerald ao escrevê-lo, mas o final é realmente arrebatador e impressionante.
O livro é narrado por Nick Carraway, um homem de classe média que se
muda para o litoral dos EUA e vai morar justamente ao lado da mansão de Jay
Gatsby. Sua prima, Daisy, também vive em Long Island com o marido, Tom
Buchanan, e Nick passa a ir até sua mansão e ter contato com ela e sua família.
O que ele não sabe é que Daisy é um antigo e grande amor da vida de seu
vizinho, o tal misterioso Gatsby. Quando Gatsby se torna amigo de Nick, pede
que ele convide Daisy à sua casa e os dois se reencontram. A partir daí, muita
coisa rola, mas eu realmente não gostaria de contar mais por aqui porque
pretendo fazer uma resenha detalhada (embora sem spoilers).
3- O Nome do Vento (da série As Crônicas do Matador do Rei), Patrick
Rothfuss
Apesar de
isso ser praticamente impossível, tentei tirar meu coração do lugar e
colocá-los em ordem de preferência (embora eu queira sempre estar modificando
esta ordem rs).
Devo dizer que esse início mais ‘’lento’’ do livro é devido a um fator
importante para que o leitor possa ser inserido naquele momento histórico da
narrativa: os anos de ouro pós Primeira Guerra Mundial que os Estados Unidos
vivia. Por isso, essa parte mostra a realidade e o cotidiano da maioria dos
americanos no início dos anos 20 (nesse caso, a elite).
4- A Senhora da Magia (da série As Brumas de Avalon), Marion Zimmer
Bradley
Esse foi um livro que me deixou estupefata. Eu ganhei esse primeiro
volume quando tinha 14 anos, mas a leitura no início é meio arrastada, monótona
e eu acabei pegando outro e deixando esse para ler depois. Aos 24 anos, posso
dizer que foi um dos melhores livros que já li e estou doida pra continuar a
série.
O livro conta a lenda do Rei Artur por meio da visão das mulheres da
história, a qual se inicia antes de Igraine, mãe de Artur, ficar grávida do
menino. Como eu disse, o início é mais lento, mas logo a leitura engata (antes
mesmo da página 100) e você fica curioso pra saber o que vai acontecer com a
Igraine e vários personagens importantes para a série.
Li esse livro por culpa do meu irmão (que já quis engolir o segundo
volume - de quase mil páginas - logo em seguida) e eu simplesmente me
apaixonei pela história do Kvothe. O início do livro também é meio lento, pois
não começa com as aventuras do personagem, porém, esse início tem poucas
páginas. Kvothe, aqui, é Kote, dono de uma hospedaria e um homem
aparentemente comum. Quando chega um tal cronista na cidade, este
desconfia de quem ele possa verdadeiramente ser e decide descobrir mais sobre
as lendas que giram em torno do personagem. Por algum motivo, Kvothe decide
contar sua história para o cronista e, assim, temos o início de suas aventuras
(e elas são realmente muito boas).
O que eu achei mais interessante nessa narrativa, além do mundo
diferente que o Patrick criou, é que temos um pouco de tudo. Fantasia, dor,
solidão, miséria, problemas da vida, mistério (o que, aliás, permeia todo o
livro). Muitas vezes, você se sente parte da história justamente porque o Kvothe é um personagem com o qual você consegue se identificar de alguma forma.
Clássico que já foi considerado, em sua época, um livro sem muito valor,
The Catcher in the Rye (título original) é um livro um tanto polêmico: o
assassino de John Lenon, por exemplo, disse que a história o inspirou e, assim,
o levou ao crime.
Quando eu li, não sabia nada disso. Pra começar, li em apenas um dia; é
uma leitura engraçada (pelo menos foi pra mim) e você não consegue parar de ler
justamente porque a linguagem é fluida. Porém, esse é um livro que ou você ama
ou você odeia. Por exemplo, muitas pessoas detestam o personagem Holden
Caulfield (protagonista), mas eu o adorei. Ele é um garoto de 16 anos que é
expulso da escola... só que antes de voltar pra casa ele vai dar ‘’uma
voltinha’’ em Nova York. O livro é curto, por isso, conta basicamente o que se
passa com Holden em sua ida à cidade, mas o mais legal disso tudo são as
constatações e reflexões do personagem acerca da vida e o seu linguajar, bem
como sua rebeldia (muitos que o detestam julgam ele um rapaz um tanto
infantil).
Sério, o livro é hilário e nos faz pensar em muita coisa!
Wow, King, o senhor, hein
hehehe
Sou suspeita pra falar: curto muito King, mas nunca tinha lido O
Iluminado por motivos de ‘’não relançavam o livro’’. Então, ano passado, a Suma
de Letras decidiu reeditar e eu comprei correndo (com o preço de capa mesmo). A
história, todos sabem, não? Uma família composta por pais e um filho, o Danny,
vão passar uma temporada no Hotel Overlook, pois seu pai será o novo zelador. O
problema é que eles ficarão por lá sozinhos, em meio a uma nevasca que os
impossibilita de sair do local. E, é claro, o hotel, digamos assim, é mal
assombrado e o garoto, Danny, um iluminado: ele vê coisas sinistras que aconteceram
naquele lugar.
O que eu mais gostei no livro (além da escrita sempre maravilhosa do
King) é que o próprio hotel é um personagem... ele acaba mexendo com a família
e, é claro, com o pai do Danny, Jack Torrance. E daí acontecem várias coisas
assustadoras. Stephen King tem o dom de escrever terrores que mexem com o nosso
psicológico e isso é o mais interessante, acreditem.